A sequoia é uma árvore da família das Cupressaceae e ganhou notoriedade pelas dimensões agigantadas, assim como pela sua grande longevidade. Uma sequoia pode superar os 90 m de altura e viver vários milénios, o que a coloca na posição de ser vivo mais antigo do planeta. Não é propriamente uma árvore que possa ser facilmente transplantada para o seu jardim, mas é uma árvore de deixar qualquer um boquiaberto. Estas caraterísticas acabaram por despertar as atenções de inúmeros biólogos, cientistas e especialistas ao longo da História. Ambos consideraram unanimemente a espécie como um verdadeiro fóssil vivo dos nossos dias.
Principais caraterísticas
Nos dias atuais, a Sequoia sempervirens e a Sequoiadendron gigantea são as únicas espécies que sobrevivem. Com grandes capacidades de resistência a doenças e a outras ameaças naturais, estas sequoias caraterizam-se pelas suas folhas persistentes com 6 a 13 mm de comprimento em forma de agulha. Os seus galhos começam a grandes alturas e os mais baixos estão, geralmente, a 45 m do solo. O diâmetro do tronco consegue chegar aos 3m e a sua casca tem entre 15 a 30 cm de espessura e de cor a variar entre o castanho e o vermelho. Todas estas caraterísticas permitem que sejam muito utilizadas como tuneis para a passagem de automóveis assim como para a indústria da madeira. Como resultado, inúmeras árvores foram dizimadas ao longo de décadas até ao início de diferentes processo com vista à conservação da espécie. Já se encontraram exemplares com mais de 4 mil anos. A árvore mais volumosa até hoje encontrada é denominada por "General Sherman", está no Sequoia National Park e possui 1487 m3 não sendo, com os seus 83 m, a mais alta. A que possui este último título foi descoberta em 2006, foi batizada com o nome de "Hyperion", possui 115 m de altura e está numa zona remota do Parque Nacional de Redwood. Curiosamente, os cientistas que a descobriram não revelaram publicamente a sua exata posição, justificando-o com o facto do turismo poder vir a perturbar o ecossistema.
Locais onde predominam na atualidade
Acredita-se que no passado a espécie tenha predominado nas grandes florestas, um pouco por todo o globo. Hoje, apenas surge bem conservada e com vários exemplares na América do Norte, em especial no estado da Califórnia - que até adotou a sequoia como símbolo de estado - e nos seguintes parques naturais:
Yosemite National Park, localizado na Serra Nevada, possui três bosques de sequoias com cerca de 200 exemplares;
Kings Canyon National Park, no sul da Serra Nevada, inclui o General Grant Grove, uma seção do parque exclusivamente criada para proteger as sequoias. Entre elas estão algumas das maiores do Mundo;
Sequoia National Park, junto ao Kings Canyon Park, possui vastas áreas onde inúmeras sequoias gigantes protegidas são a principal atração;
Ao longo dos tempos procurou-se levar a espécie para outros locais. Em Portugal, por exemplo, é possível admirá-la em lugares como Sintra, em diferentes quintas e no Parque da Pena.
Na região da América do Sul também existem bons exemplares, em especial no Brasil. No entanto, em nenhum outro local do planeta é possível encontrar a espécie com grandes proporções e em tamanha quantidade como no oeste dos Estados Unidos da América. Para a sua reprodução a necessária a coexistência de diversos fatores, sendo que a espécie demora bastante tempo até atingir grandes alturas. A sequoia apenas se reproduz através das sementes contidas nos ramos. Estas sementes podem demorar até 21 anos a crescer nos ramos e para germinar necessitam de um solo mineral húmido, com veios rochosos. Têm pouca necessidade de nutrientes mas precisam de muito sol. Esta complexidade de fatores determinou que os melhores locais para observar a espécie estejam limitados aos parques naturais protegidos.
As sequoias são árvores de grande simbolismo
As sequoias tornaram-se verdeiros símbolos de resistência, fazendo recordar de forma constante a efemeridade da existência humana. Talvez por isso continuarão a povoar o imaginário da mente dos Homens pelos próximos milénios. Também continuarão a povoar o planeta, talvez até depois da extinção da nossa espécie. Os especialistas acreditam que alguns exemplares poderiam viver eternamente se apenas uma das suas caraterísticas fosse diferente: a profundidade das suas raízes. É que geralmente a morte desta espécie acontece quando, após atingidas grandes alturas, acabam por tombar não resistindo ao seu enorme tamanho, às ameaças dos ventos fortes e aos solos pouco resistentes. Parece afinal que não existe mesmo nada, neste planeta, que dure para sempre.
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